AnarcoFeminismo


Anarco-feminismo ou AnarcaFeminismo, como o anarquismo, se opõe a todo o tipo de hierarquia. Entretanto, os e as anarca-feministas dedicam maior atenção à desigualdade existente entre os sexos. Os e as anarca-feministas acreditam que as mulheres constituem a classe mais explorada pelo capitalismo, porque seu trabalho doméstico e de reprodução é considerado sem valor econômico. A exploração e dominação da mulher é chamada por eles e elas de patriarcado, o qual é o principal alvo de seu ativismo. Segundo eles e elas, a desigualdade entre os sexos é o principal entrave para que homens e mulheres da classe trabalhadora possam se unir e lutar pelos seus interesses comuns.
O Anarca-feminismo se diferencia do feminismo por considerar que direitos conquistados dentro da sociedade capitalista serão sempre superficiais, visto que só poderão ser desfrutados pela classe dominante.
O termo Anarca-feminismo foi inventado durante a “segunda onda” do movimento feminista, ocorrida no final dos anos 60. Entretanto, o movimento é mais comumente associado a autoras do início do século XX, como Emma Goldman e Voltairine de Cleyre, bem como algumas autoras da “primeira onda”, como Mary Wollstonecraft. Durante a Guerra Civil Espanhola, o grupo de mulheres anarquistas, Libres defendia ideias anarquistas e feministas.
No Brasil, a anarquista feminista mais conhecida foi Maria Lacerda de Moura.
Críticas ao termo
O termo “anarca-feminismo incorretamente usa o sufixo “a” para denotar feminilidade. O prefixo Anarco- é de raiz grega, e não tem gênero. Alguns críticos sustentam que o uso de “anarca-” ao invés de “anarco-” sugeriria que o feminismo é um movimento para as mulheres ao invés de uma oposição ao patricarcado, uma instituição que afeta negativamente tanto homens quanto mulheres. Outros chamam atenção de que a substituição do “a” pelo “o” também sugeriria que todos os outros anarquismos, os quais usam o prefixo “anarco-“, são masculinos, e separados da forma única do “anarca-feminismo”, que é feminino.
Por outro lado, a terminologia feminina é defendida por surgir em oposição ao pervasivo androcentrismo. O uso de um sufixo feminino não sugeriria uma dominância feminina, mas antes chamaria a atenção para um grupo marginalizado, para que que este não fosse ignorado.


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